Introdução: Às Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) englobam terapias voltadas à prevenção e promoção à saúde, com ênfase na escuta acolhedora, fortalecimento de vínculos e conexão entre seres humanos, ambiente e sociedade. Institucionalizadas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), as PICS oferecem 29 procedimentos gratuitos à população. Recentemente, o interesse por PICS, como acupuntura, auriculoterapia e homeopatia, tem crescido, especialmente no cuidado paliativo, onde são usadas como terapias coadjuvantes no controle de sintomas e no alívio de efeitos das patologias. Objetivo: Revisar a literatura científica sobre o uso de PICS em pacientes em cuidados paliativos. Metodologia: A revisão integrativa foi realizada em setembro de 2024, utilizando as bases PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores "palliative care", "integrative practices" e "complementary therapies". Foram incluídos estudos que avaliaram os benefícios das PICS no cuidado paliativo, sem restrição de idioma ou ano. Dois avaliadores cegos, de forma independente, verificaram o cumprimento dos critérios de inclusão, resolvendo divergências por consenso. A seleção baseou-se no título, resumo e, em seguida, no texto completo. Estudos fora dos critérios foram excluídos. A extração de dados incluiu autores, ano de publicação, objetivos e resultados principais. Resultados: A busca resultou em 11 estudos, sendo 2 duplicados. Dos 9 estudos elegíveis, 5 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão, restando 6. A maioria dos estudos mostrou efeitos benéficos das PICS no cuidado paliativo. No entanto, apesar de resultados promissores, as pesquisas apresentaram limitações metodológicas. Assim, as PICS ainda não são recomendadas como tratamento padrão ou rotineiro em cuidados paliativos devido à falta de dados pré-clínicos e clínicos robustos que comprovem sua eficácia. A necessidade de ensaios multicêntricos, randomizados e duplo-cegos é evidente, uma vez que muitos estudos atuais se baseiam em relatos subjetivos de cuidadores e características farmacocinéticas. Conclusão: Novas pesquisas sobre a utilização de PICS devem ser encorajadas. As evidências ainda são insuficientes para recomendá-las como tratamento padrão. No entanto, essas podem fortalecer o cuidado oferecido pelo SUS, promovendo uma abordagem interdisciplinar e humanizada dentro do contexto paliativo.
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